Foto: Pedro Piegas (Diário)
Hoje, Santa Maria, a exemplo de outras cidades gaúchas e do país, estará inserida na Greve Geral dos Trabalhadores. No maior município do centro do Estado, estudantes, professores e outros trabalhadores estão mobilizados para o ato, que tem como carro-chefe a reforma da Previdência do governo Bolsonaro.
Nesse cenário, os sindicatos dos educadores das redes municipal (Sinprosm) e estadual (Cpers) sinalizam que se farão presentes nos atos. Também no Ensino Superior, os dois principais sindicatos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - o dos docentes (Sedufsm) e o dos servidores técnico-administrativos (Assufsm) - também reforçam o coro dos que irão cruzar os braços.
Além da questão previdenciária, os dois sindicatos dizem que o ato também abordará os cortes nas verbas para as universidades públicas. Com isso, além do campus principal, em Camobi, os demais campi da instituição também ficam liberados para a adesão ao dia de paralisação.
A reportagem confirmou que, hoje, apenas o Restaurante Universitário 2 (RU 2) manterá os atendimentos. Porém, apenas os alunos que recebem benefício socioeconômico e que tenham realizado agendamento prévio terão a alimentação assegurada. A biblioteca central, no campus principal, estará fechada.
Ainda que haja uma pauta prioritária, o Sinprosm, por exemplo, levantará uma bandeira em causa própria: o cumprimento da Lei do Piso Nacional do Magistério. Além da necessidade de uma carga horária para as chamadas atividades extraclasse. O maior sindicato educacional do Estado, o Cpers, em Santa Maria, irá se somar aos atos sem deixar de recordar a situação que atinge aos professores - e servidores do Executivo gaúcho - que é o parcelamento dos salários, que iniciou na gestão José Ivo Sartori (MDB) e segue na administração Eduardo Leite (PSDB).
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Às 14h, o Sinprosm iniciará a mobilização na Praça Saldanha Marinho. Às 16h, o Cpers concentrará os atos também na praça. Já na noite de ontem, o Sindicato dos Bancários iria definir os detalhes na adesão. A abertura das agências pode ser afetada hoje, especialmente dos bancos públicos.
SAÚDE
Referência em atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) não suspenderá nenhum serviço. O mesmo também se aplica ao PA do Patronato e aos demais postos de saúde. O Judiciário também manterá os serviços à população.
A Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) já se planeja para enfrentar o dia que, a exemplo de anos anteriores, deve ter interrupção no trânsito em horários de pico. Em horários com maior movimentação - começo e fim da manhã e também no fim da tarde -, mais de 200 ônibus circulam por, ao menos, 20 linhas (com maior demanda).
LOJAS
No final da tarde de ontem, o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) Região Centro divulgou comunicado informando que as lojas que funcionam em ruas onde poderão haver manifestações poderão fechar as portas, hoje, por questões de segurança. A entidade ressaltou, contudo, que é a favor da liberdade de empreender e, por isso, pediu aos lojistas que mantenham a abertura normal do comércio hoje.
O DIA DE PROTESTOS NA PRÁTICA
O que pode ser afetado pela greve geral hoje em Santa Maria:
- Serviços de saúde - Husm, PA do Patronato e postos de saúde funcionam normalmente
- Transporte público - A ATU trabalhará para manter os serviços de ônibus e do chamado azulzinho em dia. Ainda assim, afirma que buscará minimizar eventuais problemas, como bloqueios de vias, em horários de pico
- Ensino (municipal e estadual) - Sindicatos (Sinprosm e Cpers) afirmam que a adesão dos educadores será expressiva
- UFSM - Biblioteca Central e RU não funcionarão. Apenas o RU 2 atenderá a alunos com benefício sócioeconômico (que tenham agendado almoço). Os sindicatos dos professores (Sedufsm) e dos servidores técnico-administrativos (Assufsm) também afirmam adesão à greve
- Comércio - Sindilojas informa que abertura será normal. Porém, lojas situadas em regiões onde possam ocorrer manifestações poderão fechar as portas por medida de segurança
- Bancos - Sindicato dos bancários faria assembleia ontem à noite para definir a adesão à greve. Bancos públicos, como Banrisul, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, podem ter o funcionamento afetado